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Tommaso De Vio, conhecido como Caetano (Gaeta, 20 de Fevereiro de 1469 — Roma, 9 de Agosto de 1534) foi um frade dominicano, exegeta, filósofo, teólogo e cardeal italiano.
De família nobre, nascido como Jacobo ou Giacomo, desde criança era muito devoto e amante do estudo. Entrou aos dezesseis anos para a Ordem dos Pregadores contra os desejos da sua família. Como estudante em Nápoles, Bolonha e Pádua era o preferido dos seus professores e colegas. Bacharel em teologia em 1492 e doutor em 1494.
Ordenado sacerdote em 1491, foi professor de «sentenças» e metafisica em 1493, em Pádua, professor de teologia em Brescia (1497). Foi nomeado procurador geral da sua ordem em 1501 e vigário-geral em 1507 por morte do então Mestre Geral. eleito como seu sucessor no Capítulo de 1509. Trabalhou para evitar o cisma provocado pelo Concílio de Pisa, convocado para deposição de Júlio II, defendeu o Papa redigindo a obra Tractatus de Comparatione auctoritatis Papæ et conciliorum ad invicem e defendeu a reforma da Igreja no V Concílio de Latrão tendo tido um papel primordial na defesa e reconhecimento da infalibilidade papal e na autoridade suprema do Bispo de Roma sobre os concílios.
Foi criado Cardeal no consistório de 1 de Julho de 1517 e eleito arcebispo de Palermo em 1518, do qual nunca chegou as tomar posse, por oposição do Senado da cidade, resignando em 1519 e sendo transferido para a diocese de Gaeta onde permaneceu até à sua morte.
Notável teólogo, opôs-se a Martinho Lutero e encontrou-se com ele, tentando que renunciasse ao cisma. De Vio ajudou na redação do projeto de excomunhão contra Lutero em 1519.[1] Votou favoravelmente pela validade do casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, primeira esposa do rei inglês. Escreveu comentários à Suma Teológica de Tomás de Aquino, que o Papa Leão XIII ordenou que fossem juntos à edição original para estudo e formação dos clérigos.